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Feriados, férias e licenças. Uma “hemorragia de ausências”, dizem patrões

Em causa a atual falta de mão de obra, uma situação difícil à qual vêm juntar-se 11 feriados, 26 dias de férias, licenças especiais todos os meses e cerca de uma dezena de licenças extraordinárias.

© Créditos: Gerry Huberty

Uma “hemorragia de ausências”. É assim que a União das Empresas Luxemburguesas (UEL) se refere às ausências de trabalhadores devido aos feriados, às férias anuais e à multitude de licenças suplementares, que os trabalhadores podem pedir. Uma situação que, segundo diz, dificulta a vida às empresas.

Num texto divulgado no seu site, a entidade patronal alerta para a atual falta de mão de obra que afeta praticamente todos os setores de atividade, uma situação difícil à qual vêm juntar-se 11 feriados, 26 dias de férias, uma dúzia de licenças especiais todos os meses e cerca de uma dezena de licenças extraordinárias de um a dez dias cada (licença em caso de mudança de casa, casamento, nascimento de um filho, entre outras).

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A UEL sublinha que “a lista continua”, referindo-se às novas licenças no âmbito do equilíbrio entre vida pessoal e profissional (o ‘congé d’aidant’ e o ‘congé pour raison de force majeure’), que deverão entrar em vigor em breve.

A estas licenças, somam-se ainda outras razões que obrigam os trabalhadores a faltar ao trabalho, nomeadamente motivos de saúde (incapacidade de trabalho, retoma progressiva, reclassificação profissional, entre outras).

Para a UEL, não há dúvida de que esta “criação contínua” de motivos que levam os trabalhadores a estarem ausentes está relacionada com as eleições que se aproximam a passos largos. A organização patronal considera que isto serve apenas para os os partidos políticos ganharem popularidade. De resto, defende, não resolve em nada o problema da organização do tempo do trabalho para tornar a economia nacional mais atrativa, para reduzir o fosso de expectativas entre patrões e empregados ou para tornar o sistema mais flexível.

A tudo isto, alertam os patrões, acresce ainda o debate sobre a redução do tempo de trabalho, que, aos olhos da UEL, acontece também em contexto pré-eleitoral.

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O organismo avisa que é necessário preservar o dinamismo económico e lembra que “sem empresas, não há empregos”.

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