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Min. Cultura. "Morna Património da Humanidade é mérito dos músicos cabo-verdianos"

A Morna junta-se ao Fado como Património Imaterial da Humanidade da UNESCO.

Cesária Évora, a "Rainha da Morna".
Cesária Évora, a "Rainha da Morna". © Créditos: Promo

A morna, género musical e dançante de Cabo Verde, foi reconhecida Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

Um ano depois da entrega da candidatura, pelo ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, foi o próprio ministro a anunciar este reconhecimento.

Contactado esta tarde pela Rádio Latina, o ministro Abraão Vicente respondeu desde Dacar, no Senegal. O ministro da Cultura de Cabo Verde diz que recebeu a notícia da UNESCO com grande alegria e atribui o mérito aos criadores e aos músicos.

Espera-se então festa em Cabo Verde, garante o ministro da Cultura, Abraão Vicente.

A Rádio Latina ouviu também a já apelidada "nova rainha da morna", que esteve em concerto no ano passado no Luxemburgo, na sala Hall d’Deisch, em Ettelbruck, precisamente para promover esta candidatura.

Solange Cesarovna, recebeu a notícia esta madrugada e disse à Rádio Latina que teve uma noite de insónia, relembrando que cresceu a cantar ao lado de Cesária Évora, proclamada "Rainha da Morna", a par de “Diva dos pés descalços”.

Solange Cesaronva, a voz que representa atualmente a morna, é também presidente da Sociedade Cabo-verdiana da Música, entidade que esteve envolvida nesta candidatura, com um forte envolvimento do Instituto do Património Cultural e da assistência técnica de Portugal.

No Luxemburgo, ouvimos um dos mais conhecidos e consagrados músicos cabo-verdianos, que partilha o apelido de Cesária: Ney Évora.

É atualmente um dos mais conhecidos violinistas cabo-verdianos. No Luxemburgo, participa regularmente em concertos e tocatinas e conta com vários trabalhos editados, incluindo mornas.

Quando soube da notícia, diz que já estava à espera desta consagração, que considera uma alavanca para levar a morna a mais pessoas.

Ney Évora, um dos mais conhecidos músicos cabo-verdianos no Luxemburgo, que chegou a abrir concertos de Cesária Évora, Bana e Ildo Lobo.

Tal como o Fado, a Morna passa então a fazer parte do Património Imaterial da Humanidade, uma classificação atribuída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO.

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