Schengen. Partido Volt organiza marcha contra os controlos nas fronteiras


O partido pan-europeu Volt organiza no próximo dia 2 de novembro, na zona de Schengen, uma marcha contra os controlos nas fronteiras, depois de a vizinha França ter anunciado a implementação de controlos a partir do mês que vem para prevenir crime, terrorismo e migração ilegal, juntando-se assim à Alemanha.

Para o Volt Luxemburgo, a medida é um ataque ao espírito europeu e à livre circulação e um retrocesso, como disse à Rádio Latina Daniel Silva, secretário-geral do partido.

O luso-luxemburguês Daniel Silva diz que a medida não é eficaz e o facto de ter sido anunciada como “temporária” também não chega para acalmar as preocupações do Volt.

O Volt Luxemburgo considera que a introdução de controlos nas fronteiras não é uma solução milagrosa para as questões do crime, terrorismo e migração ilegal e teme que as decisões de países como a Alemanha corram o risco de se alastrar a outros países.

Depois de também a vizinha França ter anunciado controlos nas fronteiras a partir de novembro, o partido Volt decidiu organizar uma marcha de protesto na região de Schengen, já no próximo dia 2 do mês que vem para realçar o privilégio que é poder cruzar as fronteiras. Nesta ação, o partido espera atrair entre 150 a 300 pessoas, de vários partidos e sindicatos. É uma marcha pela abertura das fronteiras, com saída prevista para as 13h da localidade de Apach, em França. Dali, o proteste seguirá rumo a Schengen, passando por Perl, na Alemanha.

As fronteiras abertas no espaço Schengen foram introduzidas em 1985, sendo que França, Alemanha Ocidental, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo foram os primeiros países a assinar o tratado de Schengen, que rege a livre circulação de bens e pessoas. Atualmente, a zona contabiliza 29 países, permitindo a milhões de pessoas beneficiarem desta liberdade.

Artigo: Diana Alves | Foto: Volt Luxembourg