
O ministro da Administração Interna, Léon Gloden, desaprova os controlos nas fronteiras internas do espaço Schengen. Questionado pela Rádio Latina, depois de também a França ter anunciado a implementação dos controlos a partir de novembro, Gloden defendeu, antes, um reforço dos controlos nas fronteiras externas da União Europeia (UE).
O Ministério da Administração Interna sublinha que “o respeito pelo acordo Schengen constitui uma prioridade absoluta para o Governo luxemburguês”, considerando que “é necessário evitar um reavivamento das fronteiras na memória das pessoas”.
Gloden entende ainda que “é preciso evitar perturbações inúteis no trânsito transfronteiriço e limitar, na medida do possível as repercussões no dia a dia dos habitantes da região fronteiriça”.
Depois da Alemanha, também a vizinha França decidiu avançar com os controlos como foram de prevenir atos terroristas, crime e migração ilegal. Sobre quais poderiam ser as alternativas aos controlos de fronteira, Léon Gloden diz-se favorável a uma solução europeia e a uma melhor proteção das fronteiras externas da UE.
Medida não terá impacto nos transfronteiriços”
Quanto aos controlos propriamente ditos, o ministério de Gloden adianta que estes serão efetuados tal como durante os Jogos Olímpicos. O governante indica também que, segundo as autoridades francesas, “não haverá impacto para o trânsito rodoviário no Luxemburgo nem para os trabalhadores transfronteiriços”, sem revelar mais detalhes.
O ministro garante ainda estar em contacto com as autoridades dos países vizinhos, estando previsto para esta semana um novo contacto sobre a matéria com o ministro do Interior francês, Bruno Retailleau.
Artigo: Diana Alves | Foto: Marc Wilwert